O livro "Anarquia, Estado e Utopia" de Nozick para além de advogar e argumentar solidamente que "o estado mínimo é o estado mais abrangente que se pode justificar", e que "qualquer estado mais abrangente viola os direitos das pessoas" (cf. p. 191), é um livro que está repleto de comentários, observações marginais e outras pérolas preciosas, como a seguinte:
"A propósito, o amor é um exemplo interessante de outra relação que é histórica, na medida em que (como a justiça) depende do que efectivamente aconteceu. Um adulto pode começar a amar outro por causa das suas características; mas é a outra pessoa, e não as suas características, o que é amado. O amor não é transferível para outra pessoa com as mesmas características, mesmo para alguém que «marque mais pontos» nestas características. E o amor persiste através das mudanças das características que lhe deram origem. Ama-se a pessoa particular que efectivamente se encontrou. Por que razão o amor é histórico, ligando-se desta maneira a pessoas e não a características, é uma questão interessante e intrigante" (cf. p. 212.)
:-)
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